quarta-feira, agosto 29, 2007

Eu blogo, tu blogas, ele bloga

Numa determinada época da minha vida eu desisti de escrever. Pelo menos no meu antigo blog, o querido e devidamente enterrado Colombinado. Do endereço antigo ficaram alguns links interessantes, vários amigos e o marido que conheci através dele (pois é, a vida internética é uma caixinha de surpresas). Eu, que sou pessoa afeita a relacionamentos de amizade e namoros muito ao vivo e em cores estava meio de saco cheio de ter a vida devassada pelos leitores vorazes que diariamente me deixavam coisa de 30 comentários. Longe de achar que isso era popularidade, me incomodava.

Era reconhecida na rua, recebia emails contando da vida, pessoas brigando comigo pelo que eu escrevia, gente que sabia até o que eu almocei, convites para sair, para escrever em outros cantos... uma loucura. Mas cansei. Fiquei vários tempos sem escrever até que aquele comichãozinho danado de quem quer se comunicar bateu de novo. Assumi os pecados e voltei à ativa. É que o blog passou a ter outro sentido na escrita. Menos diário, mais informação e, sobretudo, discrição. A vida é minha, oras, não preciso que o mundo inteiro compartilhe dos detalhes.

Gosto do formato de agora, com poucos leitores, menos comentários ainda e sem a obrigação de escrever todo dia por causa da pressão de quem me lia. Não sou mais a famosa Colombina, isso de assinar como você mesmo, sem personagem, quebra um pouco o encanto, acho eu. Mas isso tudinho é para dizer que tem gente organizando um encontro de blogs aqui em Fortaleza e eu resolvi ir, ó. Muito para encontrar amigos queridos que também são escritores e que o dia-a-dia não nos deixa sentar juntos numa mesma mesa de bar. Também é uma boa desculpa para conversar com gente nova e expôr a figura na medina. Tem gente que é melhor escrita que ao vivo, me disseram uma vez, mas eu não acredito. É só uma questão de ter a mente quieta, a espinha ereta, um bom ouvido e o coração tranqüilo. Nunca fui para um desses em Recife, fiquei curiosa. Então, blogueiro amigo que esteja por aqui no dia, a gente se vê por lá.

sábado, agosto 25, 2007

Cinema

Tem pra mais ninguém. Jason Bourne é o cara. Putaqueopariucaralhodeasas que cena de acidente de carro foi aquela?! E o cara só sai arranhado e mancando!!! Li em algum lugar que o papel principal seria do Brad Pitt, que bom ter ficado com o Matt Damon. Não que o moçoiolo belo e louro não desse conta, ele já provou que é um excelente ator, mas é que para mim, Bourne precisa desse ar meio mecânico, meio perdido sem uma carinha perfeita que caiu como uma luva no roteirista de Gênio Indomável. Cenas de luta impecáveis, esquisofrênicas até e muita, muita perseguição. Um ponto forte do filme é o som. Parece que você está na cena. Vou ver de novo. Aliás, quero ver os três, seguidos na sala de casa. Preciso de um home theater urgente! Igor, me dá uma cortesia aí, vá lá. Jason Bourne merece. Agora é torcer para que não tenha continuação. Três é um bom número, Hollywood sempre caga o pau quando quer esticar um filão. A história acaba xôxa e você com raiva do personagem. Oremos.

segunda-feira, agosto 20, 2007

Música da boa

Tanta coisa tocando por aí e eu sentindo falta de novidade. Dizer que não há qualidade nos trabalhos das cantoras ditas revelação é exagerar. Elas têm a voz afinada, excelente repertório - em sua maioria regravações - uma boa interpretação... mas é que falta... não sei, uma música que marque, uma paixão ao cantar, um arranjo realmente novo. Se não, fica ali, um, dois cd's e priu, acaba. Mais do mesmo. Foi aí que teve aqui essa semana a Feira da Música. Aleluia.

Eu vi de perto a Alessandra Leão num dos palcos e passei a gostar ainda mais das músicas dela. Apesar da timidez, sacou de seu pandeiro e não se fez de rogada para a platéia que estava quieta naquele dia. Banda azeitada, voz segura, sambinha discreto mas uma vontade sem tamanho de estar ali. Já tinha ouvido o repertório quando abixei o cd há algum tempo, mas aliar a imagem delicada aquela voz poderosa foi arrebatador. Recomendo que ouçam com cuidado o cd solo dessa pernambucana que fez parte da primeira formação do Comadre Fulozinha. Composições próprias, paixão na voz e nas batidas. É isso. Não é difícil fazer coisas novas, é só ter coragem e talento. Assim como Alessandra em seu "Brinquedo de Tambor". Aprendamos com ela.

quarta-feira, agosto 15, 2007

Dos dias cheios

Sabe quando é tanto, tanto, tanto que você transborda? Pois é. Essa sou eu. Alagada.

sábado, agosto 04, 2007

Vida Severina


"...E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio,que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequenaa explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina."(João Cabral de Melo Neto - Morte e Vida Severina)