quinta-feira, janeiro 29, 2009

And the Oscar goes to...

O meu blog ganhou duas indicações de pessoas queridas nos últimos tempos. A primeira, foi o sêlo do "Prêmio Dardos", que o Clayton do Claytudo me deu. A segunda foi Leela do Cêra Quente que me surpreendeu com o sêlo "Olha que Blog Maneiro".

Agradeço aos dois pelo carinho e pela lembrança. Mas ó, sou péssima em seguir regrinhas e indicar blogs. Bora fazer o seguinte, eu indico todos os blogs que estão linkados ali do lado ó. São eles que eu leio sempre que me sobra um tempo.

Tamos combinados? Boa leitura!

quinta-feira, janeiro 08, 2009

???

Parece que esse ano vai ser o das visitas. Semana passada, mainha e Jade. Amanhã, três primas. Sábado chega a amiga querida que mora longe mas quer voltar. Eu, atabalhoada entre agendamento de reuniões, afazeres domésticos, organização de orçamentos, planejamento do carnaval e a vontade de estar com cada uma dessas pessoas. Eu corro demais, eu sei, mas para onde? Para quê? Será que algum dia existirá um mecanismo que equilibre tudo? Será que vai ter graça?Quando eu vou parar de perguntar? Espero que logo, mas por ter achado as respostas.

segunda-feira, janeiro 05, 2009

Egoísmo em tempos de hoje

A chegada do novo ano foi com a família reunida em minha varanda. A que elegi e a minha de nascença. Encontros raros de pessoas que se precisaram naqueles dias. Muitas conclusões e duras decisões depois das conversas e observações da convivência. Para mim, é estranho ter em minha casa a minha mãe. Antes a casa era dela, era nossa, eu fazia de um tudo mas a palavra final era dela. A arrumação, as reclamações, as horas de ir e vir. Aqui não. A casa é minha, é meu ritmo e minhas decisões em conjunto com um marido e um enteado. Por mais que me esforce, para ela é desconfortável. Ela é visita.

Minha mãe tem quase setenta anos e quer estar no canto dela. Eu preciso entender e aceitar isso. Sente falta das filhas que hoje moram em estados diferentes e quase nunca se encontram. Ela se esforçou para vir ficar conosco, assim como minha irmã enfrentou o fim de um relacionamento e horas de viagem para nos ver. Todas queriam estar juntas mas aqui, não viam a hora de retomar suas rotinas. Não vejo isso com tristeza, é que crescemos, vivemos outras vidas mesmo. No entanto, nesses dias eu me vi adulta e responsável demais, mãe demais delas e de João. Dessa vez, quem ficou desconfortável fui eu. Não pelas presenças, pelo contrário, me trouxeram grande alegria. Mas pela constatação de que não está tudo assim no eixo como pensei.

Não tenho grandes desejos para 2009. Afora sucesso em meu trabalho, minha empresa, não formulei pedidos mirabolantes, uma casa grande, um carro zero, ganhar na mega-sena. No entanto, sentada na minha varanda, quase meia-noite do dia 31, me peguei pensando em tudo que 2008 foi. Desejei então ser mais independente nos sentimentos. Desejei ceder menos. Ter menos preocupações com os outros. Ser mais ouvida. Pedir e ser atendida nas pequenas coisas. Desejei ser um pouco mais egoísta e não sofrer com isso. Desapegar-me.

É que a vida tem se mostrado tão boa, eu estou querendo tanto dela... ando um pouco cansada de pensar no melhor para os outros e nunca estar em primeiro plano. Talvez eu precise estar bem comigo mesma para dar o melhor aos outros. É um exercício de auto-ajuda mesmo. De conhecimento, de mim, dos meus limites. Está na hora. Se não for agora, nunca será e não quero passar mais um ano com esse aperto no peito. Preciso de liberdade, mesmo que traga algum sofrimento.

Coragem. Para todos nós.