quinta-feira, agosto 27, 2009

Há dias tenho orgulho de mim

Há dias tenho orgulho de mim. De minhas atitudes, avaliações e decisões. É estranho perceber o quanto amadureci em alguns anos. Não sou mais uma menina em busca do meu caminho, já o encontrei. Hoje, exatamente hoje, sei o que quero da minha profissão e este é o meu momento, a minha chance, a escolha acertada. É hora de abandonar as sapatilhas coloridas e calçar o salto alto, de retomar as rédeas da minha vida. Viver a dois está mais difícil e ao mesmo tempo mais fácil. São desejos diferentes e duas vidas que se desencontram, mas que podem se apoiar. É doloroso sentir que compartilho tudo mas que tudo agora não é suficiente. É preciso cuidar dos "eus" e isso não significa desamor, mas necessidade de individualização. Ninguém duvida de que será difícil, mas é preciso seguir junto e separado. Eu preciso também cuidar de mim. Também. E me dar conta de tudo isso com serenidade é um ganho sem tamanho. Há dias tenho orgulho de mim.

terça-feira, agosto 25, 2009

Na minha vitrola

FELIZ E TRISTE
(Ceumar / Kléber Albuquerque)

Eu acho que estou feliz e triste
Tudo o que eu tenho cabe
Na minha mão
E eu te dou de coração
E eu te dou de coração

Eu não preciso de nada
O mundo é minha casa
O céu é minha camisa
Estrelas vestem meus pés

Eu não preciso de nada
Estrelas vestem meus pés

segunda-feira, agosto 24, 2009

sem definição

Eu pensei que fosse ser mais fácil... eu não consigo respirar. Só preciso sair daqui, por cinco muntos, só isso.

segunda-feira, agosto 10, 2009

Dos meus dias em Brasília

Pois é. Desde o dia 30 de julho estou morando em Brasília. São 11 dias em solo do cerrado. Já comecei no emprego novo. Equipe bacana, sotaques de todos os cantos do país. Identificando ainda as possibilidades reais de trabalho e feliz com relacionamentos que começam a ser construídos. O apartamento é um kitnet na Asa Norte (não me acostumo a essas coisas daqui, Asa, Plano Piloto, Quadra, Eixo...) bem dividido e que com o tempo ficará a nossa cara. Já temos geladeira e microondas e a cama chega amanhã. Quando a grana desapertar teremos cortinas, armários e araras. Mas isso é mais para frente. Do lado da minha casa tem um parque muito bacana. Fui caminhar nele só uma vez, me faltavam tênis adequados e com a minha hérnia de disco dando sinais que não esqueceu de mim, preferi não arriscar. Comprei os tênis no sábado e amanhã é que piso no parque. Hoje tive outras prioridades e fui caminhar para o lado oposto a ele. Decidi que cuidar da minha saúde será uma prioridade nesse semestre. Vou aproveitar o tempo livre para caminhar, fazer ioga - tem de graça no parque! - e perder peso. A pressão andou alta novamente, não posso vacilar.

A cidade é muito organizada, não se vê lixo na rua, nem buracos, engarrafamento tem mas não tem buzina aporrinhando o juízo. Meu ônibus passa na porta de casa e me deixa na porta do trabalho em 15 minutinhos. Mesma coisa na volta. Delícia total não perder tanto tempo no trânsito. Uma coisa muito bacana, quase todas as vezes em que tentei atravessar uma faixa de pedestre os carros e motos pararam para que eu fizesse a travessia. Quase choro de emoção. Fui a poucos bares mas o suficiente para saber que o custo de vida daqui é mesmo muito mais alto. Compras no super-mercado são sim mais caras, conta de restaurante também e aluguel nem se fala.

São avenidas muito amplas e apartamentos muito pequenos. Uma coisa que não entendo e acho que os mais antigos moradores daqui também não. A vida cultural é forte, tem show, exposição, teatro e música para todos os gostos, todos os dias da semana. Ainda quero aprender os lugares para poder aproveitar isso. O ar é o mais seco que já senti na vida. Aqui, hidratante é artigo de primeira necessidade. Meus pés racharam na primeira semana, meu nariz ainda não sangrou mas tá bem pertinho. Os lábios estão bem, mas isso só porque eu agora vivo de batom. Logo eu que sempre destestei essas frescuras de mulherzinha.

Aos poucos vou me acostumando com os dias quentes, as noites frias e o céu sem nuvens de Brasília. Vou reacostumando a morar junto com o marido de novo apesar da sensação de estranhamento que ambos sentimos. É um recomeço. De verdade.