segunda-feira, setembro 25, 2006

Foi assim

E eu descobri que Recife não é mais minha casa. Não sou mais de lá, sou estrangeira, sou visita e não sinto assim tanta tristeza por isso. As ruas são as mesmas, mas cada um seguiu sua vida. Os bares continuam nos mesmos lugares, o Empório Sertanejo tem o melhor queijo acebolado, mas tem mesas vazias num sábado à tarde e não tive companhia para dançar na noite pernambucana. Estranho reconhecer os sons, os cheiros e não mais pertencer aquilo. Mais estranho ainda é não querer mesmo pertencer. Estou digerindo ainda tudo. A casa de minha mãe é a dela, não é mais a minha. Sou ciceroniada, recebida com banquetes, apresentada aos amigos como a que mora fora. Meu corpo já nem cabe na minha cama antiga, estranha os sons que ela faz e o ritmo das rotinas das pessoas que dormem nos outros cômodos. Acho que finalmente saí de casa. Fiquei adulta e nem percebi.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Saudades às vezes

"Recife...
Rua da União...
A casa de meu avô...
Nunca pensei que ela acabasse! Tudo lá parecia impregnado de eternidade.
Recife...
Meu avô morto. Recife morto, Recife bom, Recife brasileiro como a casa de meu avô."
Manuel Bandeira


A foto é da rua da Aurora, e eu, às vezes, tenho saudades.
Do meu avô e de todas as ruas do meu Recife.

sábado, setembro 09, 2006

Porque hoje é sábado

Amigos + comida boa + música + conversa animada = almoço aqui em casa

Ah, traga a vasilha e a cerveja.

Logo mais :)

domingo, setembro 03, 2006

Assim, feliz

É que a cada dia que eu acordo com ele sou infinitamente mais feliz. É dessas coisas para a vida toda, mesmo quando ela acabar. É pra sempre, mesmo que não estejamos juntos. É um rebuliço, uma calmaria, um dormir tranqüila, um acordar eufórica... não ter mais medo, falar mais que calar e isso ser surpreendentemente tão bom. É amor e é pros dois. Amén.