segunda-feira, setembro 22, 2008

Em frente

Eu ando com os pés no chão mas não tenho medo de voar. É preciso um bocado de coragem e uma talagada de fé nas coisas para seguir adiante e eu me esforço para ter um pouco de cada e sigo. Não é maluquice, é vontade de ser gente grande, sabe...

quinta-feira, setembro 18, 2008

"O Mistério do Samba". Eu recomendo.

quarta-feira, setembro 17, 2008

Em tópicos

- Estou gripada e isso é um saco
- Ainda sei fazer regra de três
- Redescubro que gosto de geografia humana, mas odeio a cartográfica
- Sim, eu ensino tarefas a meu enteado vez em quando
- Meu marido continua sendo a melhor coisa da minha vida
- Não sei mesmo se quero ser mãe
- Preciso perder uns 40 kg para poder ser mãe e isso me desanima
- Vanessa da Mata tem uma voz muito chata mas gosto das músicas dela
- Roberta Sá canta cada vez melhor
- Eu queria ser Julianne Moore
- Tem salada pro almoço e isso me deixa feliz, feliz
- Queria um vestido amarelo, cor de girassol
- Queria sapatilhas e uma semana de férias
- Conto os dias para o carnaval chegar
- Procuramos casa para morar até o fim do ano, com três quartos alguém conhece uma?
- Preciso de ânimo para fazer exercícios
- É normal planejar as fantasias de carnaval assim tão antes?
- Tenho que trabalhar mas não quero
- Odeio, mesmo, de coração essa gripe féla da gaita que não me deixa!

quinta-feira, setembro 11, 2008

De ser patroa

Então há quase um mês tenho uma empregada doméstica em casa. Nem lembro da última vez que tive esses serviços na vida. Quando criança, na casa da minha mãe tinham quase sempre duas. Morava no interior, casa grande, com jardim e quintal, cheia de gente e afazeres. Pai e mãe trabalhando fora, eram elas quem tomavam conta de tudo. Depois de crescida, mudamos para Recife, num apartamento pequeno, só eu, minha mãe e irmã mais velha. Não havia necessidade de ninguém para ajudar. 

Hoje, com o marido e eu trabalhando fora o dia todo e às vezes boa parte da noite em reuniões, aulas e eventos, meu enteado não teria com quem ficar. Relutei muito em ter alguém de fora em casa. Lembro das histórias que aconteciam na minha infância. Não sei bem lidar com essa coisa de patrão e empregado. Fiquei rendida com o argumento de que quando chegasse em casa cansada, não precisaria lavar roupa, fazer jantar. Confesso que nos últimos meses meu humor estava de mal a pior com essas obrigações. Cedi. 

Profissional recomendada pela minha diarista, contratamos a moça. Documentação em ordem, carteira assinada, começou o trabalho. Entrei num site que dá dicas para empregadores domésticos e fui ficando chocada com as coisas lá. Em um dos campos a ser preenchidos para gerarem o contrato de trabalho tinha o ítem descontos. Putz! Perguntavam se eu descontava alimentação, moradia, roupa, remédio, material para higiene pessoal e transporte. Eu, passada, não acreditei que as pessoas descontassem essas coisas! 

Não sou boazinha, alto lá. É uma questão de bom senso. Trabalho de casa é repetitivo, chato e cansa. Pago um salário mínimo, desconto INSS e explico quais são os direitos dela e os meus. A jornada aqui em casa é de 40h semanais, não trabalha nos fins de semana e dificilmente nos feriados. Procuro aplicar a ela as mesmas coisas que são aplicadas a mim como funcionária de uma empresa. Estou me inteirando da proposta de nova lei trabalhista e se tiver que pagar tudo que disserem, pagarei. É um trabalho não é escravidão. 

Fico incomodada por ter uma empregada em casa, não posso mentir. Não sei direito como agir, tenho medo de explorar mas também não sei como comandar. Será que é preciso comando? Não sei, não sei. Há muito o que discutir sobre isso... 

Para descontrair desse papo sério, ontem e hoje fiquei trabalhando em casa porque estou doente (vejam que doideira, estou doente, doente, tenho direito a uma licença mas tenho responsabiliaddes a cumprir, então, trabalho mesmo assim) e pude acompanhar melhor como a nova secretária está se saindo. Quando a contratamos, me disse que não cozinhava para fora e não sabia fazer prato chique, imaginem. Se ela soubesse da panelada que Marcelo come de madrugada no Mercado da Messejana... Ela, por exemplo, usa panela de pressão para cozinhar feijão coisa que eu jamais faço porque morro de medo daquele troço explodir. Já ganhou muitos pontos comigo só nisso. Aí ontem ela fez macarrão usando colorau como molho. Já tinha percebido o sabor diferente em outros dias. Fui lá explicar como fazemos aqui em casa:

- Ivanice, você pode usar molho de tomate para o macarrão, não precisa ser colorau.
- Ah, dona Vanessa, eu ia até pedir para comprar mais colorau mesmo porque acabou.
- Olha só, aqui no armário tem três caixas de molho pronto, é só usar.
- Mas hoje eu usei colorau não.
- Que bom. Pegou molho daqui?
- Não, eu sei catchup!

Pois é. Vivendo e aprendendo. 

segunda-feira, setembro 01, 2008

Das canções que eu escuto

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos
Quero ver brotar o perdão
Onde a gente plantou
Juntos outra vez
Já sonhamos juntos
Semeando as canções ao vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito, muitos se perderam no caminho
Mesmo assim não custa inventar uma nova canção
Que venha nos trazer
Sol de primavera abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender"

(Beto Guedes e Ronaldo Bastos)

Porque eu tenho o marido mais maravilhoso do mundo e que me ajuda a ler os sinais. É chegada a hora de assumir os pecados e a vida, de verdade.