Eu queria muito escrever sobre o deslumbramento que senti ao ouvir o cd novo de Alessandra Leão. "Dois Cordões" é de uma beleza sem igual. A voz de Alessandra está mais segura, poderosa mesmo. Não conheço ninguém com um timbre como o dela. A segunda faixa me chamou demais a atenção pelo momento do ano que estamos vivendo. "Boa hora" diz exatamente o que eu quero dizer, por isso ela virou minha mensagem de fim de ano aqui no blog. Quanto ao cd, recomendo a todos que ouçam, do começo ao fim. Prestigiem Alessandra nos shows que ela fizer pelas suas cidades. Vale a pena demais, demais.
Fico por aqui, torcendo para que 2010 seja um ano massa pra gente.
"anda o teu andar sem pressa
chega, boa hora é essa
entra, puxa essa cadeira
tem a tarde inteira
quase que eu perdi o medo
deixa de guardar segredo
deita, espera amanhecer
sabe como deve ser
traz de volta a claridade
arde um sopro de saudade
senta, deixa de bobeira
a vida é tão ligeira
a promessa que eu fiz foi diferente
pois na volta parece que é mais perto
não há jeito melhor que jeito certo
quem quer sombra é melhor jogar semente
quando for dar um passo olhe pra frente
saiba bem do caminho da largada
e não vá se perder com tanta estrada
não se pode esquecer do objetivo
não há laço maior que o afetivo
nem amparo melhor que a madrugada"
Boa Hora - Alessandra Leão
Quer conhecer mais sobre ela? Vai bem aqui ó: http://www.myspace.com/alessandraleao
segunda-feira, dezembro 28, 2009
Cordão, cordões
terça-feira, dezembro 01, 2009
Enche o meu copo de espuma

Quando Isaar tocava no Comadre Fulozinha, eu ficava abismada sempre com a voz incomum dela. Aliás todas as meninas que foram do Comadre agora estão com trabalhos muito bacanas. Cada uma na sua praia. Mas Isaar, para mim, é uma das cantoras mais fantásticas da sua geração. A minha maior surpresa foi vê-la tão à vontade no palco, tão linda, linda, linda e tranquila diante de uma platéia que foi arrebatada pela sua voz e performance. Entrou de vestido verde, mais magra, confiante, com o cabelo rasta cheio de fitas laranja. Cantou uma, tocou maraca, agradeceu com o sotaque que reconheço tão bem. Tocou outra, brincou com olhares, comandou os músicos com movimentos suaves dos braços, tocou abê, alfaia, dançou sozinha e com o público. A luz do show deixava sua pele azul, verde, vermelha e ela se divertia ali.
Lembrei de um Abril Pro Rock, quando ela ainda era vocalista do Dj Dolores e a Aparelhagem. Era tímida, cantava olhando para baixo, se escondia, não falava com o público. Que surpresa boa encontrá-la assim, confiante, com uma presença de palco que poucas têm. A voz está ainda mais cristalina, mais forte. O som dela é moderno e cheio de poesia, não canso de ouvir, mas não é para todo mundo. Confesso, achei tão melhor ao vivo! Pena que poucas pessoas compareceram ao Balaio Café para vê-la. Teriam encontrado uma artista incrível de quem muito ainda irão ouvir falar, mesmo ela já tendo 10 anos de carreira. Eu recomendo, ouço e quando puder, verei outro show. Nem que seja só no carnaval.
Se quiser ouvir a moça, vai ali no My Space dela.