quinta-feira, agosto 03, 2006

Do meu jardim

É que ele sabe que eu ando assim, desenxabida. Que quando fico calada e entorto a boca é porque meus pensamentos não são bons. Ele me sabe pelo cheiro, pelo mexer no cabelo, pelo abrir a porta. Eu já sou tão dele que nem preciso abrir a boca, ele sabe que aqui tem coisa. Podia ficar calado, fingir que não era com ele, mesmo porque na maioria das vezes nem é. Mas ele não. Abre um sorriso maroto, me beija o pescoço, me dá um chega pra cá e enche a minha vida de cor.

Agora eu tenho um jardim e várias borboletas para enfeitar minhas palavras, porque é assim que eu quero. E foi assim que ele entendeu, que preciso de delicadezas, de gestos sutis e de amor. É assim que ele me diz que me ama e eu entendo e aceito. Canceriana dramática precisa de declarações explícitas, mas são pouco mais de dois anos juntos, já aprendi a deixar que ele seja meu assim, do jeito dele. Pra mim, será pra sempre e a felicidade dos meus dias ao lado dele me basta.

Preciso só arrumar o resto. Mas tenho cores, flores e borboletas. Por hoje está sendo bom.
Comentários:
Vanessa, coisa linda essa!
Você escreve gostoso!

Coisa de quem lê Clarisse, claro.

Besos!
 
eu quero que se apaixonem por mim assim
porque eu já sou apaixonada por si só
beijo,
 
Ah, eu sabia que nossa identificação com as palavras uma da outra não era só literária... eu também sou canceriana, e cheia de amor aqui dentro.

Amei esse seu cantinho, a delicadeza, as palavras, as borboletas. E, vem cá, você é amiga da Carolzinha? Uma das cearenses mais doces e delicadas do mundo?

Beijo com carinho e afeto.
 
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