segunda-feira, dezembro 25, 2006

É...

Então é Natal. E ontem eu fui à missa, acompanhar minha mãe que pela primeira vez vem à minha casa diretamente de Recife. No caminho, um quase assalto. Um rapaz, na verdade um menino, numa bicicleta, mais metido que larápio. Disse um punhado de coisas a ele, peguei minha mãe pela mão e segui adiante sem ligar para as ameaças infundadas de quem estava armado só de coragem e uma mão por baixo da blusa. Susto. Isso, de certa forma, acabou com minha noite. Ou quase. Descobri que não tenho mais paciência para ir à missas. Segundo Marcelo, ou ainda não tenho idade ou passei dela, é por aí mesmo. Não me emocionam esses rituais de uma igreja que tem uma platéia classe média, todos tão enfeitados achando linda a apresentação das crianças da comunidade carente. O discurso vazio que de disdiz a cada minuto. Não, definitivamente, não sou moça de ir à missas. Prefiro os rituais profanos, as festas de rua, as procissões, os reisados e os maracatus. Gosto de fé, não de encenação de fé. Não dessa. Não é amargura, é descontentamento. A noite seguiu, mas ainda estou pensando nessas pequenas coisas... manhã de conversas, filha sendo mãe, mais uma vez. Algo precisa mudar ou será que sou eu quem não quer mais ser a mesma? É. É isso. Agora vou ali, curtir a família que se formou dentro das paredes coloridas da minha casa. Isso sim me traz felicidade.
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