sexta-feira, junho 29, 2007

De sonhos

- Amor, eu sonhei que a gente se separava.
- Foi pesadelo, minha gata.
- É, mas eu gostei não. A gente se separava porque eu era burra.
- Não vai acontecer não. Volta a dormir.
- Mas amor, era muito ruim.
- Passou, não foi?
- Foi.
- Então dorme.
-...
- zzzzzzzzzzz
- ...
- zzzzzzzzzzz
- Amor, a gente se separava porque eu dizia que ia embora e tu não ligava. Aí eu ia de verdade e depois me arrependia.
- Hã? Como é? (zzzzzzz) Tu ainda tá pensando nisso?
- É que foi ruim. Tu me esculhambava no teu blog e ainda dizia que ia arrumar outra.
- *Gargalhadas*
- Ri não, pow, eu sofria demais.
- Vai dormir, menina!
- ...
- zzzzzzzzzzz
- Amor, acorda, promete que você não vai se separar de mim.
- Ah, cara de fuinha, prometo, pronto, mas vai dormir se não te boto pra fora de casa.
- Tá.
- ...
- ...
- Tu prometeu hein?

E seguiu-se uma travesseirada.

quinta-feira, junho 28, 2007

Das coisas lindas que eu ganho


Aí eu soube que tinha chegado pelos Correios presente antecipado de aniversário para mim. Vindo lá das bandas de Sum Paulo. Sem tempo pra ir buscar lá na lojinha pra onde foi enviado, pedi a um boy pra ir por mim. Com a correria de ontem não pude ver quando a caixinha chegou mas o tamanho do sorrido que eu abri hoje de manhã ao encontrá-la na minha mesa teve preço não. Aí eu abro e tcharam! Tá lá a super bolsinha feita pelas mãos da moça linda e pra sempre minha vizinha. Há tempos eu paquerava com o projeto Farofa-fá dela e agora eu tenho uma bolsa exclusiva cheia de girassóis e borboletas. Melhor mesmo foi o bilhetinho, com a letra caprichada, cheia de amor, me desejando tanta coisa boa que nem sei... Eu agradeço a Deus todo dia por me abençoar tanto com as pessoas que estão na minha vida. É muito carinho e eu sei que é de verdade. Tatit, eu adorei. Obrigada. Por tudo.

terça-feira, junho 26, 2007

Bem gasto

Eu não quero trabalhar. Pelo menos hoje. Quero comer brigadeiro de panela, assistir uma comédia besta na televisão, colocar os pés para cima, pintar as unhas de azul... quero tudo menos a frieza dessa sala e de tantas letras em meu computador. Não agüento mais essa mesa cheia de papéis, esses post its no meu monitor, lembrar pra quê, se eu quero mais é que se exploda? Eu quero um momento de liberdade, uma piração, até uma pequena loucura serve, ser irresponsável por cinco minutos. Ai, essa vida de adulta é muito chata, saudade das minhas carreiras no meio da rua com minha mãe a gritar que eu ia levar uma surra se não voltasse para fazer os deveres. Isso sim é um bom motivo para sentar em frente a uma tabuada, para responder tantas questões de geografia. Agora, tenho que fazer de tudo para ganhar dinheiros e pagar as contas. Por isso invento festas, cores, flores, estampas, convidados e bebidas. É pra justificar o que eu ganho. Eu quero é gastar com felicidade.

segunda-feira, junho 25, 2007

Tá na minha lista de presentes

- DVD Meu Tempo é Hoje

Mas se alguém quiser me dar o próprio Paulinho de presente jamais acharei ruim. Único homem por quem trocaria meu Nêgo gato.


quinta-feira, junho 21, 2007

Canceriana com lar e festa

Eu já disse que adoro aniversários? Pois eu a-d-o-r-o! Rapaz, quando vai chegando pertinho assim eu fico numa ansiedade doida, querendo programar festa, fazendo lista mental de presentes, listinha básica para chamar pessoas e morrer de comemorar o mês todinho. Aniversário devia ser assim, igual a uma micareta, claro que com outro tipo de música porque eu não ia agüentar um mês todinho de Bell Marques cantando no meu pé de ouvido. Pra falar a verdade eu não ia agüentar nem uma horinha, ó. Só sei que esse ano terá super festinha, vou receber amigos na minha própria casa vindos de Recife só porque eu pedi, terei o vestido mais lindo que ainda não comprei mas já sei como será, terei mesa com toalha florida e meu Nêgo pelo terceiro ano consecutivo. Ai, ai, ai, ai. Falta muito não né?

segunda-feira, junho 18, 2007

Crises, cremes, Balzac e afins

Eu odeio cremes de qualquer tipo. Mentira, adoro os de cabelo. Mas filtro solar, hidratante, esfoliante, essas frescurites todas eu odeio, odeio, odeio. Mas, como Deus não dá asa à cobra e nunca estamos satisfeitos mesmo, nasci com essa pele marfim, uma tendência às sardas e sensível ao sol. Há uns meses fui a uma dermatologista por causa de umas manchinhas brancas nos braços. Como eu não queria ficar igual ao Michael Jackson que por causa do vitiligo se maquia todinho antes de sair de casa (essa desculpa é boa né não? Cá pra mim, eu acho que ele queria mesmo era ser uma Gueixa) fui lá pedir pelamordedeus que me indicasse um tratamento para minimizar as manchas. Pois bem. Eu, aos 27 anos, tenho ao invés do djábo do vitiligo manchas senis. Isso mesmo.

se.nil adj m + f (lat senile) 1 Pertencente ou relativo à velhice ou aos velhos. 2 Proveniente da velhice. 3 Próprio ou característico da senectude. 4 Que apresenta os característicos da senectude, tais como debilidade física e mental; decrépito, caduco. (Fonte: Dicionário Michaelis)

Un hum. O remédio: filtro solar. Obviamente que não comprei a receita super elaborada de um creme em gel e muito menos pensava em usar. Imagina, eu, saindo de manhã toda lambuzada com aquele treco todo, cheirando à praia o dia todinho. Nesse calor do Ceará, dentro de casa mesmo a pessoa já começa a suar, avalie com uma ruma de creme na pele. Nem pensar. Preferia virar uma moça com pintas brancas e marrons, pra ficar assim diferente das outras. Isso fui eu há seis meses, vejam bem.

Mas sim, a vaidade é algo que também me acomete. Apesar de não ser mulher de viver em salão de beleza, confesso que não tenho tempo nem paciência, eu gosto de alguns cuidados. Gosto de tudo que eu possa fazer nos dez minutos do meu banho, como por exemplo a hidratação no cabelo uma vez por semana com um super creme da Natura que fica cinco minutinhos enquanto você faz esfoliação com um creme específico e passa óleo de banho (já notaram quantas vezes eu usei a palavra creme nesse texto?). Pronto. É o máximo de tempo que dedico a cremes (olha aí ela de novo). No mais, manicure e pedicure em casa, eu mesma faço com minhas mãos habilidosas porque sou moça prendada, ora essa. Salão só para depilação uma vez por mês porque tenho alergia à gilete, se não, era no chuveiro também.

Entretanto, contudo, todavia, eis que de repente não mais que de repente me dei conta que daqui a menos de um mês, há exatos 16 dias para ser mais exata, eu faço 28 aninhos. Dois pra 30. Aquela idade redondinha. Pré-balzaca total. Bombardeada com todos esses anúncios de cremes que retardam o envelhecimento, matérias sobre peelling de cristal, anti-rugas, Renew, creme de auto-bronzeamento, o escambau eu surtei. É. Estou rendida. Comprei um Dove Summer Tone e guardei a nota fiscal. Promete um super bronzeado em uma semana ou seu dinheiro de volta. Vamos ver se funciona. Além de ficar dourada (ho ho ho ho ho duvideo-dó) eu ainda hidrato a pele! Bom, ok, a primeira tentativa foi um fracasso, usei dois dias e nunca mais. Ontem tomei coragem e recomecei o processo do zero. Custa nada, eu já comprei mesmo, vai ficar ali na minha prateleira juntando poeira?

Segunda medida desesperada: creme para os pés. Cara, ô coisa feia é um pé ressecado, rachado, sem cuidados. O meu, que é tamanho meigo, 39/40, e chato, sem curvas tava pedindo penitência. Não uso muito salto, tenho hérnia de disco e o meu ortopedista me proibiu, acabando com o reinado das minhas quase 15 sandálias belíssimas e altíssimas. Acabo hoje só usando plataformas ou rasteirinhas, mas nem por isso os pés chamam menos atenção ou doem menos. Até porque eu tenho uma tatuagem em cima de um deles. Querer passar despercebida é um tico demais, né? Tomei como meta arrumar esses danados não apenas esfoliando mas - vejam bem o grau de desespero da pessoa - passando creme específico para pés todas as noites antes de dormir.

Terceira medida: pedir penico ao dermatologista. É. Eu marquei outra consulta, ver algumas coisas para o rosto, pescoço, essas frescurinhas.

Mais uma: cuidar do corpo. Er, bem, considerando que eu engordei vinte quilos desde que casei, tá na hora de fazer algumas coisa. Começo amanhã aulas de boxe. Pois é. Além de perder peso vou aliviar meu estresse. Paralelo a isso, hidroginástica e uma super alimentação balanceada. Crise? Eu? Imagina...

quinta-feira, junho 14, 2007

Pensando cá com meus fones de ouvido

Hoje vindo pro trabalho, de ônibus, como há tempos não acontecia, com fones de ouvidos mudando de estação e aí toca Luiz Gonzaga e Fagner "... no Ceará tem disso não, tem disso não, tem disso não..." e uma lembrança direta da minha infância me caiu como um raio: roupas de chita, trancinhas de náillon, pintinhas na cara feitas com lápis de olho de minha mãe e meu pai lá na cadeira de balanço no terraço de casa ouvindo isso no radinho de pilha preto, companheiro quase inseparável em seus momentos de folga. Eu rodava, rodava, gostando de ver o colorido da saia e ele só ria. Um misto de saudade e de distanciamento daquela época ficou me rondando até agora. Dia 21 fazem 20 anos que ele morreu. Tudo isso juntou-se ao que li no blog de Maísa ontem e fiquei pensando como seria ter tido uma vida toda com o acompanhamento dele. É estranho pensar nisso porque antes eu achava que estava sendo malvada, ingrata com a minha mãe que se desdobrou em mil para ser também a figura paterna, criar as duas filhas com zêlo, dignidade e rigor sem deixar de dar amor e carinho. Às vezes acho que ela fez tanto, que supriu de tantas formas e eu acabei achando normal não ter pai. Claro que isso na escola era um problema, porque tinha aquela coisa de fazer lembrancinhas pro dia dos pais. Eu ia dar pra quem? Numa das vezes, fiz tudo e dei pra minha mãe. Ela chorou, eu também. Não sei como seria ter pai, assim, vivo. Logo o meu, que era do estilo rigoroso com os filhos mas extremamente boêmio, jogador de futebol, estudava filosofia e contabilidade com a mesma paixão. Imagino a reação dele aos meus primeiros namorados, tatuagens, resolver ser jornalista e não advogada, largar a casa, família, cidade pra ir morar com um homem em outro estado. Como seria a emoção de me ver formada, será que iríamos juntos ao bar, tomar várias cervejas e ver o jogo do Sport contra o Náutico? Claro que o meu Sport ganharia e ele ficaria de mal humor e brigaria comigo. Penso nessas coisas todas e gosto de imaginar hipóteses, de criar teorias, inventas várias vidas que temos juntos. Ele não era o marido mais fiel, nem o pai mais dedicado e de certa forma acho que o tenho mais próximo de mim hoje do que quando tinha sete anos. É Maísa, crescer sem pai não é coisa fácil, nem pros filhos e nem pra esposa, mas a gente se cria, se forma, vira boa gente e não fica doido. Ao contrário, pode ser muito feliz, vira um pai melhor ou mãe mais atenciosa. No meu caso, encontrei mais que um pai pros meu filhos, um companheiro que já cuida do João de uma forma tão única que eu não saberia escolher mais ninguém além dele. Serei uma mãe melhor com ele e com tudo que poderei aprender, assim como você também aprendeu.

sexta-feira, junho 08, 2007

Respondendo à Maísa

Eu demoro mas não falho. Dona Maísa linda me mandou esse questionário e eu adoro responder a essas coisinhas. Não vou pedir que ninguém responda também, fica em aberto pra quem gostar da idéia. Eu merma gostei.

1. Sete coisas que faço bem:
pintar unhas
auto-maquiagem
cozinhar (menos omelete)
meu trabalho (ho ho ho ho)
receber pessoas
coquetéis alcóolicos
beijar na boca

2. Sete coisas que não sei fazer:
dirigir
omelete
nadar
falar baixo ao telefone (acho que sou meio mouca)
ficar calada numa discussão (mesmo que seja com um chefe, eu sempre argumento)
diagramação
pudim

3. Sete coisas que me atraem no sexo oposto:

cheiro de sabonete ou de shampoo
mãos grandes
bom humor
conversa inteligente e variada
educação
homem que dança
sorriso largo

4. Sete coisas que não suporto no sexo oposto:
grosseria
não discutir ou discutir demais a relação
passividade
mentira (detesto em todo mundo, na verdade)
arrogância (sabe aquele povo que acha que sabe tudo e é muuuuito melhor que você?)
machismo
burrice

5. Sete coisas que digo com frequência:
car*lho
Oxe!
Agora lascou
Acredito não!
várias coisinhas (exemplo: preciso ir resolver várias coisinhas; aconteceram várias coisinhas, etc.)
Gata ou gato (exemplo: Fala, gata; Oi, gata; Gato, faz isso aí por favor.)
Tenho paciência não

6. Sete atores/atrizes que eu gosto:
al pacino
paulo autran
monica belucci
johny depp
claudia abreu
selton mello
aramis trindade

7. Sete atores/atrizes que eu detesto:
taís araújo
patrícia frança
thiago lacerda
marcos pasquim
humberto martins
deborah evelyn
vera fisher

8. Sete filmes que eu adoro
Poderoso Chefão 1 e 2
Casa de Areia e Névoa
Lisbela e o Prisioneiro
Shreck 1 e 2
A Pequena Sereia (sim, sim, sim ele marcou minha pré-adolescência)
Diários de Motocicleta (na verdade gostei mais dos extras do DVD)
Pequena Miss Sunshine

9. Sete filmes que eu detesto:
Triplo X
Todos os Blades
Motoqueiro Fantasma
Missão Impossível 2
Irreversível
Todos da Madonna (ela é o máximo, mas os filmes...)
Era Uma Vez no México

10. Sete livros favoritos:
Água Viva - Clarice Lispector
Mal Secreto - Zuenir Ventura
A Marca de Uma Lágrima - Pedro Bandeira (marcou - olha o trocadilho - minha adolescência para todo o sempre)
Ensaio sobre a cegueira - José Saramago (na verdade não sei se gostei, só sei que fiquei diferente depois dele)
Memórias de Minhas Putas Tristes - Gabriel García Marques
Romance da Pedra do reino - Ariano Suassuna
O Diário de Bridget Jones - Helen Fielding
Todos os do Harry Potter (siiiiiiiiiiiiiiiiim, eu leio os livros)

11. Sete lugares favoritos:
Recife
Porto de Galinhas
Minha casa
Praia da Baleia
Caruaru
Botecos, botequins, espeluncas e afins
Olinda

quarta-feira, junho 06, 2007

35 meses

Já são dois anos e onze meses juntos. Isso foi no último dia 03. "Vamos comemorar apenas datas redondas", disse ele uma vez. Eu, toda festeira, fiz bico, mas topei. Mas é que nesses dias me dei conta de que já não faz tanto tempo assim e, no entanto, sinto como se nunca estivéssemos separados. Os maus momentos existem, não são tantos claro, e sempre superamos. Sou uma pessoa tão melhor com esse amor, sei que ele também. Uma longa estrada ainda vem pela frente, eu sei, eu sei, só que andar amparada e amparando essa distância toda é mais fácil e gostoso. Tem sido assim. Nem sempre, é verdade, sou moça boba, me deixo abater com bobagens vez por outra. Aí ele vem, me sacode e faz passar. Aí eu vou, seguro a mão dele e alivio os pensamentos ruins. É bom, é bom demais. Hoje, é só pra dizer que não há segredos, há silêncios e que preciso deles. Sou canceriana, lembra? Tenho aquela casca dura e ainda estou aprendendo a me revelar. Você é meu equilíbrio, meu norte, meu sul, o peso do lado certo da balança. A gente tá chegando aos três e eles vão ser multiplicados por vários outros números até que alcancem a eternidade porque esse amor aqui, tem fim não.