terça-feira, janeiro 22, 2008

To go or not to go?

Uma das coisas que me prometi desde o ano passado é que iria mais a Recife ver minha mãe. Com uma filha morando longe, ela teve que suportar o fato da outra, a mais velha, passar num concurso e também se mandar. Não tão longe, de Maceió para lá é um pulo mas nada se compara a chegar em casa e ter com quem conversar. Acredito que ter que esperar o fim de semana ou aquela visita de 15 em 15 dias quando a grana aperta e não dá para viajar, é uma das piores sensações. A de espera.

O tempo passou. Ela está velha. É um fato. A cada dia me preocupo mais e no entanto não cumpri a promessa. Estou há um ano sem pisar lá. Sim, tenho saudades dela, da cidade e de alguns amigos. Mas é que hoje tenho outra vida. Tive a chamada segunda chance. Vim para cá e fiz tudo certo, novo e sem as más lembranças que me perseguiam a cada esquina. Digo que vou voltar mais vezes só que estou mentindo. Sou culpada de não pegar um ônibus ou avião num desses tantos feriados que tivemos durante o ano. Aí as desculpas aparecem: estava sem dinheiro, tinha outro compromisso, tinha muito trabalho... não é justo. Com ela ou comigo.

Mais uma vez estou num impasse. Tenho uma proposta de trabalho. Outra. Um extra para ganhar nessas duas semanas que antecedem o carnaval, quando ainda estou de férias. Pode significar que juntando com outra grana guardada vou dar entrada no carro novo. Ou que vou comprar meu Notebook. Ou que não vou pra casa de novo. Parece simples, parece fácil, mas não é.

Estou cansada. São dois anos sem férias. Não quero ter que ficar em casa com afazeres de dona de casa, cuidando de obrigações, tendo que ter obrigações. Não é isso. Estou infeliz e insatisfeita com o rumo que estou deixando as coisas tomarem. Não é justo, mas... e aí? Ninguém disse que era fácil ser adulto, sair de casa e ter relacionamentos. Não sou madura o suficiente, penso eu. Aqui dentro, tudo está revolto, o humor oscila e eu penso em Porto de Galinhas. É uma fuga, eu já entendi. Somam-se as coisas todas e eu no meio. Se eu soubesse desenhar, a figura agora seria uma mulher e vários pensamentos pairando sobre sua cabeça, todos tentando entrar de uma vez, cada qual querendo ser o primeiro. Como diria um sábio companheiro de mesa de bar nos tempos de Empório Sertanejo, "Vani, tu tás é lascada!". Pois é, Cesinha, tu tens toda razão.
Comentários:
Putz, eu já me senti assim muitas e muitas e muitas vezes.
 
Posso dar um palpite? Eu sou mãe e avó - então, acho que você tem que largar tudo e ir ver a sua mãe. Ainda tenho a minha mãe, falo com ela por telefone todos os dias, porque sei que quando não ligo ela fica magoada. Pense bem, porque o pior arrependimento que existe é o de não ter feito alguma coisa que você queria ou deveria. Sua consciência fica lá martelando, martelando. Comprar coisas você pode comprar depois. Mas certas coisas são mais inadiáveis que outras.... Beijos. (eu e a minha mania de dar "conselhos"... esculpe a intromissão...) +bjs
 
será que isso passa, van?
 
Crescer dói.. é difícil.. sair do casulo.. fazer das asas forte...nem se fala! Ficar cansada, triste, com medo... é tão provável..quando assumimos responsabilidades de família, casa, emprego e isso se agrava mais quando estamos longe do ninho materno... Van.. tive um susto um dia desses com minha mãe.. me senti tão pequena, tão em falta com o amor que sempre recebi assim.. sem cobranças..que te digo: bate tuas asas e retorna ao teu ninho.. para renovar força e pra voltar mais forte pra vida que tu mesma estas contruindo... beijos e força!
 
O que eu tenho a dizer, disse lá no blog. Beijo.
 
Van,
Crescer dói. Morar distante da nossa mãe também. Eu teria tanta coisa pra falar sobre todas essas coisas que tu escreveu... Ah como eu tenho.
Beijo,
 
Sempre temos dúvidas, medos e de principalmente tomar a decisão errada. Dinheiro a gent sempre pode ganhar um pouco, ou quem sabe aumentar o número das prestações, agora ir à Recife, aproveitar a praia e de quebra ter o colo da mãe, ah, isso não é sempre que se pode ter...Aproveita as férias e relaxa a cabecinha!Não tem coisa melhor viajar.
 
Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]





<< Página inicial