domingo, agosto 27, 2006

Etiqueta no blog


Dona Maísa Vasconcelos me etiquetou. Eu, com a minha lourice interna, li bem rápido e jamais entendi. Obrigada por me explicar, dona moça, jamais sei o que seria de mim sem você. :) Eu, que odeio correntes e faço questão de quebrar todas elas, vou seguir adiante com essa que achei bem bacaninha.

A brincadeira é assim: a pessoa escreve cinco características sobre a própria pessoa dela e logo em seguida passa adiante para mais cinco “indicados”.

Vamos lá:

1 - Biriteira de bar boteco, daqueles que não têm requinte, mas se tenho que ir a um, não passo vergonha, sou a bem dizer uma lady;

2 - Adoro a solidão, de verdade. Sinto saudades, é óbvio mas não me incomodo demais em ficar apenas com a minha companhia;

3 - Adepta das boas conversas, quando são ruins, fico tão calada que nem parece que estou ali. Se eu estiver calada isso nunca é um bom sinal;

4 - Passional, às vezes até demais;

5 - Impaciente. Grave defeito, sobretudo na TPM.

Pronto, agora quero ver as respostas de Carol, Cris, Andrea, Naty e Brizoca.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Volta logo?


veio até mim
quem deixou me olhar assim
não pediu minha permissão
não pude evitar
tirou meu ar
fiquei sem chão

menino bonito
menino bonito ai

ai menino bonito
menino bonito ai

é tudo o que eu posso
lhe adiantar
o que é um beijo se eu posso ter o teu olhar
cai na dança cai
vem pra roda da malemolência

(Malemolência - Céu)

quarta-feira, agosto 16, 2006

Dilema

Daí começou o horário político.

Não sei se rio ou se choro.

terça-feira, agosto 15, 2006

Como sabê-los?

Ele passou quase um mês aqui em casa. Acho que um pouco mais até... é estranho ter o filho de outra pessoa sob os meus cuidados mesmo que seja assim, mais como observadora. Não sou eu quem cria, educa, veste, alimenta e dá lições de vida. Mas mesmo assim, ele faz parte do meu dia-a-dia, das minhas preocupações, dos nossos planos. A sensação de ser "boadrasta" é um tanto quanto surreal, eu, que antes de morar com o Nêgo nem pensava em ter rebentos.

Hoje ele volta pra casa da mãe com a idéia de vir passar outro período aqui em casa. Eu, enquanto não decido se um filho cabe nos meus egoístas dias de correria pro trabalho, pros cursos e pras gandaias vou tentando acertar o tom de não me meter nos assuntos de "família". Acho que tá dando certo.

domingo, agosto 13, 2006

Lendo

"Domingo é o dia dos ecos – quentes, secos, e em toda a parte zumbidos de abelhas e vespas, gritos de pássaros e o longínquo das marteladas compassadas – de onde vêm os ecos de domingo? Eu que detesto domingo por ser oco."
(Clarice Lispector)

sexta-feira, agosto 11, 2006

Anjo Torto


Ainda bem que algumas pessoas fogem da mesmice e desafia a vida, as crenças, os medos e ultrapassa o divino. A isso eu chamo de coragem e é sobre essas coisas que eu quero pautar a minha estrada. Liberdade.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Fogo, água e ninhos

No começo do ano, no período de carnaval quando viajamos para Recife, um passarinho fez seu ninho no lustre da nossa varanda. Quando voltamos, eles já estavam instalados e não tivemos coragem de colocá-los para fora. De vez em quando, caía um ovo de lá e meu coração também se partia. Chegamos a colocar uma toalha em cima da cadeira bem debaixo da abertura da luz, para que se caíssem outros ovos não quebrassem. Pois bem, os passarinhos nasceram e não nos deixaram mais dormir. Era uma verdadeira gritaria às cinco da manhã pedindo de comer à mamãe passarinha. Um dia eles cresceram e, como todo filho ingrato, foram embora. Confesso que senti falta.

Daqui da varanda eu vejo um pequeno córrego rodeado por árvores e arbustos onde alguns desses passarinhos fazem seus ninhos. Sempre gostei disso nesse apartamento e à noite, quando tudo está escuro, deixo as luzes apagadas para ver de onde as corujas saem. Ontem, fomos pegos de surpresa com um fumaceiro esquisito vindo lá dos arbustos. Sol a pino de meio-dia, um vento forte e alguém resolveu queimar seu lixo embaixo das árvores, bem onde haviam várias folhas secas. Em cinco minutos aquilo virou um incêndio. Corpo de bombeiros acionados, só nos restou esperar. E foi uma hora de espera na varanda, de várias ligações querendo saber se a viatura estava a caminho enquanto o fogo lambia os arbustos e transformava tudo em cinza. Perdi a conta dos passarinhos que voaram e daqueles que ficaram como vigias em cima de uma das poucas árvores que restou.

Eles chegaram, os bombeiros, mas já era tão tarde. Aos poucos, os vizinhos das casas em frente foram saindo, curiosos pelo que estava acontecendo. Um, que tenho quase a certeza, deve ter sido o autor da brilhante idéia de atear fogo no lixo, saiu com sua lata de cerveja, nervoso pelas providências que seriam tomadas. Na certa, queria saber se alguém o tinha denunciado, tamanha a sua preocupação em mostrar aos homens com as enxadas e mangueiras de incêndio onde estavam os focos. Eu sei, estou sendo malvada e julgando o rapaz, mas é que não consigo evitar. Apagaram tudo, recolheram seu material, beberam a água que lhe ofereceram e se foram. A vida voltou ao normal. Menos a deles, que moravam onde antes era verde. E aqui em casa, bem, aqui afastamos as coisas da varanda, pra dar mais espaço. Quem sabe eles não querem fazer ninhos de novo...

domingo, agosto 06, 2006

Direito humano

É porque mais que em poesia eu acredito na democracia, na democratização e não canso de falar disso. Porque comunicação não diz respeito apenas a jornalistas. Porque acesso à comunicação é um direito de todos, como seres humanos.

"Hoje, um sistema que deveria servir prioritariamente ao interesse público é privado e comercial, concentrado, controlado por uns poucos grupos nacionais, alguns deles parceiros dos maiores conglomerados globais do setor. Além disso, é controlado em boa parte por políticos profissionais e igrejas – evangélicas e católicas – e funciona sob a inconteste hegemonia das Organizações Globo e seus centenas de parceiros e afiliados espalhados por todo o território nacional. "

Artigo do professor Venício A. de Lima lá no sítio do MCDC.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Do meu jardim

É que ele sabe que eu ando assim, desenxabida. Que quando fico calada e entorto a boca é porque meus pensamentos não são bons. Ele me sabe pelo cheiro, pelo mexer no cabelo, pelo abrir a porta. Eu já sou tão dele que nem preciso abrir a boca, ele sabe que aqui tem coisa. Podia ficar calado, fingir que não era com ele, mesmo porque na maioria das vezes nem é. Mas ele não. Abre um sorriso maroto, me beija o pescoço, me dá um chega pra cá e enche a minha vida de cor.

Agora eu tenho um jardim e várias borboletas para enfeitar minhas palavras, porque é assim que eu quero. E foi assim que ele entendeu, que preciso de delicadezas, de gestos sutis e de amor. É assim que ele me diz que me ama e eu entendo e aceito. Canceriana dramática precisa de declarações explícitas, mas são pouco mais de dois anos juntos, já aprendi a deixar que ele seja meu assim, do jeito dele. Pra mim, será pra sempre e a felicidade dos meus dias ao lado dele me basta.

Preciso só arrumar o resto. Mas tenho cores, flores e borboletas. Por hoje está sendo bom.

quarta-feira, agosto 02, 2006

Resmungos

A idéia estava aqui, juro. Mas... não sei... acho que sonhei. Ou a perdi, em alguma gaveta, entre a bagunça das roupas que insistem em sem derramar pela tábua de passar. Não tenho paciência. Cansa. Já não leio mais meus livros como antes, com sono, preguiça... não sei quem é essa que habita esse corpo que não reconhece como seu. Grande demais, com unhas metidas, à francesa, não, francesinhas, me disse a manicure e eu aceitei com ar de quem achava mesmo que teria um quê de européia. Mas eu nunca quis ser européia. Queria ser latina, morena com uma flor no cabelo, esteriotipada mesmo, caliente. Mas como isso não aconteceu, mudo o cabelo, pinto, corto, sacudo, finjo que sou outra pessoa. E eu estou reclamando de que mesmo? Mania, deve ser. Eu preciso relaxar, isso é um blog e não uma consulta com o analista. Deixa eu ir ali tentar dar um jeito no armário e na minha vida.